quinta-feira, junho 30, 2005




Jogo dos 7 erros feito à mãoquina

segunda-feira, junho 27, 2005

Den Poulaw Thn Kardıa Mou.
just music
...
Esos chicos modernos
son tan originales
estan todos tatuados
llenos de abdominales.
Yo me rio de vos
y me largo a llorar
tanta gente con hambre
y vos dele vomitar
...
Ich mag die ruhe hier
zwischen allen den Baeume...
Und dein Garten
es geht ihn wirklich gut
obwohl man merkt dass du ihn doch
sehr faehlt
...
lasse moi devenir
l´ombre de ton ombre
l´ombre de ta main
l´ombre de ton chien!
...
Outro dia eu disse de novo
de vez
que se você ouvisse o povo
o aplauso outra vez
Chegaria achando que viria
do escuro
O sol que antes da noite fica
em cima do muro.
...
The roof, the roof is on fire
we dont need no water
let the mother fucker burn.

sexta-feira, junho 24, 2005

Immer noch keine Zeit
Mude:

1
"Sêneca dizia que a vida não é curta: - "nós é que a tornamos..." Porque quase sempre a desperdiçamos com ninharias, afazeres inúteis, objetivos rasteiros, coisas supérfluas. Se você aproveitasse para si mesmo o tempo que perde no trânsito, no trabalho alienado, na falsa educação dos filhos, nas reprimendas aos escravos, nas conversas hipócritas, na fila do banco, no ônibus, no metrô, no avião; se você aproveitasse o tempo que perde vendo tv, ou em papos furados ao telefone, ou nas agendas ridículas, nas festas de aniversário, nas reuniões absurdas, nos salamaleques, nos sermões, nas orações, nas noites de autógrafo, na Internet; se você não precisasse gastar esse tempo enorme tentando corrigir as barbaridades que comete contra si mesmo; se você não precisasse ficar se explicando a toda hora para o patrão, para a patroa, para os pais, para os filhos, para os namorados, para os irmãos, para os amigos; se você não gastasse essas eternidades tentando encontrar uma saída nesse beco escuro em que se meteu por burrice; se você fosse simplesmente um pouquinho mais esperto, um pouquinho mais inteligente (e livre!), a vida NÃO seria tão curta. Aliás, a vida seria uma verdadeira e duradoura delícia. "
2
"Já imaginou se Jesus, em vez de fazer o Sermão da Montanha, tivesse saído para buscar fraldinhas descartáveis, ou comprar leite em pó, ou precisasse ter ficado em casa trocando o bujão de gás? Já imaginou o "coitado" - chegando em casa à noite, exausto, depois de intensas reuniões com os apóstolos, e Maria Madalena, fritando bife, mãos na cintura, descabelada: - Onde você esteve até essas horas???!!! O Junior tá queimando de febre... Já imaginou?... "

quinta-feira, junho 23, 2005

Época de provas, keine Zeit

1
Coleção de trava-língua em todas as línguas. Tentem em Hebreu! Tipo, em alemão tem que falar essa palavra: Kontaktlinsenverträglichkeitstest

2
"Yo, que tantos hombres he sido, no he sido nunca
aquel en cuyo abrazo desfallecía Matilde Urbach."
GASPAR CAMERARIUSen Deliciae Poetarum Borussiae, VII, 16

3
"We work to eat to get the strength to work to eat to get the strength to work to eat to get the strength to work to eat to get the strength to work."
John Dos Passos, 1896–1970

4
Ah! Si j'avais un franc cinquante
J'aurais bientôt deux francs cinquante
Ah! Si j'avais deux francs cinquante
J'aurais bientôt trois francs cinquante
Ah! Si j'avais trois francs cinquante
J'aurais bientôt quatre francs cinquante
Ah! Si j'avais quatre francs cinquante
Ça m'ferait bientôt cent sous!
Boris Vian

e...
Un chasseur sachant chasser sait chasser sans son chien de chasse.

quarta-feira, junho 22, 2005

Alma em Punho
Toda mulher quer ser amada. Toda mulher sabe que, por mais bem-sucedida que seja em outros fatores da vida, não estará totalmente realizada enquanto não for amada. Você acorda antes mesmo que o Sol, preenche seu dia com milhares de afazeres e, mesmo assim, se deita à noite com aquela impressão de que algo faltou... Às vezes faz isso acompanhada mas, no meio da madrugada, olha para o lado e se pergunta até que ponto aquela situação está lhe fazendo bem. Então, quando percebe que o que deseja de verdade é o sentimento e não apenas a sensação, tenta disfarçar e esconder o rosto, para que a lágrima rolando não seja notada. E não adianta negar, mentir para si mesma, porque nada substitui o amor. Pelo contrário; quanto mais ele faz falta, mais você tem certeza de que trocaria qualquer coisa (ou tudo) por ele. Lembre-se sempre disso.

terça-feira, junho 21, 2005

Outra Direção


Eu pensei que fossem naves

achei que voassem feito pensamento

achei que planassem suaves

em meio ao traço urbano turbulento.


Eu pensei ter visto flores

pensei que seu odor me sublimaria

achei que sem tensas cores

minha alma espelhasse a dor do dia.


Eu jurei a mim ser um tanto fiel

aos lívidos riachos de calor ausente

às estrofes derrotadas no papel

e ao mais profundo respirar da mente.


Eu esqueci pois de olhar ao lado

de ver o quanto a altura importa

o quanto o amor está aqui parado

esperando a faca que nada corta.


Eu esqueci portanto que ao lado

e não abaixo, nem mesmo acima

estão seres a quem não se ensina

a suportar quilos do mundo pesado

que como eu com meu fado

nem o som da luz ilumina


Eu pensei não ter de esquecer

o que ficou no ar de vento

olhos, odor e movimento,

uma chance a mais de um querer.

Deixo então aqui transparecer

Ah, meu mais triste lamento.

segunda-feira, junho 20, 2005

Le Time der staccatto
Thendo teimppo pahra lêar
Sheakespeare
Pôlko sóhvra dos meenutoz
pahra ce ouveare
os çonz rrhtmádoz
dos hólios kaládoz.

domingo, junho 19, 2005

Domingo no Cacau

Azarado
Não é à toa que 65% da população com idade entre 14 e 35 anos admite deixar o Brasil se tivesse oportunidade. O caso do jovem de 21 anos que foi assaltado à mão armada em seu apartamento na Lagoa, de onde levaram todos os bens que ele havia comprado com a grana do seu trabalho, é apenas uma mostra da desesperança da população diante da escalada da violência. É leviandade dizer que o rapaz levou azar no episódio.Os mais tolos chegam até a acreditar que o remédio para acabar com a violência é mais violência, gerando um fantástico turbilhão de ódio, como vem ocorrendo no Centro da Capital, com as manifestações contra o aumento dos preços das passagens de ônibus. O que realmente acontece ao nosso redor merece a reflexão da sociedade, que tem sede e fome de justiça. A alternativa é a guerra de todos contra todos.

sábado, junho 18, 2005

Eu pensei num conto sobre formigas, formigas que caíam em - como é o nome daquelas plantas que bóiam? - ah sim, formigas que caíam em Amígdalas (daquelas grandes e verdes e sonoras, se isto é possível); e ficavam assim boiando presas na imensidão circular de uma folha.
Talvez fosse menos injusto se as coitadas das formigas caíssem em teias-de-aranha, daquelas Homeopatas, que não comem formigas, e ali ficassem por toda a eternidade conversando sobre moda. Sim, mas o mundo não é justo para todos... assim como nem o são as formigas.
De tanto pensar em mamíferos, acabei fazendo um omelete e descobri o sentido da clara não ser azul. Pois assim o sendo, chamar-la-íamos escura.

sexta-feira, junho 17, 2005

Coluna do Cacau de hoje, 17/06

Azarado
De leitor, que não se identificou, por e-mail, sobre a coluna de ontem:
"Cacau, aquele cara, apesar de azarado, é um baita cara-de-pau. Fica chorando porque bateu carro zero (tem seguro, foi culpado?), perdeu um MP3 player, laptop e fotos de sua viagem pela Europa, enquanto beliscava as gatas no seu apartamento da Lagoa. Se ele tem capacidade de fazer tudo isso ao 21 anos, tem uma vida inteira pela frente pra adquirir os seus brinquedinhos novamente. Mas se o neném quer pra já, pede pra sua mamãe comprar sua perda na tal viagem pela Europa, ou se quiser mais moleza, torne-se político. Na bunada não vai dinha?"

quinta-feira, junho 16, 2005

Hoje no Cacau

Um cara azarado
Do rapaz, que tem 21 anos, assaltado no seu apartamento na Lagoa, conforme a coluna de anteontem registrou, recebi ontem os seguintes e impressionantes relatos:
"Pois é, sou o infeliz que tentou ligar para o 190 no sábado - não na sexta, como saiu em sua coluna - à noite (véspera do Dia dos Namorados, ia ficar com altas gatinhas, cara, mas acabei assaltado). Pois a desgraça não terminou aí. Na terça-feira, quase caí no golpe que deram, por toda Floripa, de ameaças por celular do RJ. Passei o dia falando com algum bandido com sotaque paulista. Envolvi a polícia de novo, pensando ter relação com o assalto de sábado.
Hoje também descobri que terça passada alguém pela Net desviou R$ 2,5 mil da minha conta bancária (pagou suas dívidas no Detran, R$ 1,5 mil; pagou recarga para celular pré-pago de SP - eu tenho pós-pago de Florianópolis -, mais de R$ 100; entre outras contas). Zeraram minha conta. Isso porque ainda não te falei que há um mês bati meu carro zero (54 quilômetros rodados) no Morro da Lagoa, dando perda total. Fiquei duas semanas a pé. Ainda falta dizer que meus pais foram para a Europa e só voltam em julho. Ah, levei eles ao aeroporto de manhã, à tarde bati o carro.
Quero ser escritor, sei que sou novo ainda, mas já tinha diversos textos (entre poesias e contos) no notebook que os assaltantes levaram e estava na metade de um romance. Levaram também todas as fotos da minha viagem para a Europa, no ano passado, eu não as tinha salvo em CD. Não sou playboy, tanto meu notebook como o meu MP3 player e minha viagem, no ano passado, tudo, basicamente meus sonhos, eu trabalhei para conseguir. Paguei com meu dinheiro, nada dos meus pais. Por isso queria que você lançasse uma campanha entre seus amigos bem de vida: custeiem um laptop para o cara mais azarado do ano. Prometo entregar todos os BOs de tudo que relatei aqui para a boa alma que por ventura tiver compaixão o bastante para tal ato."

terça-feira, junho 14, 2005

Cacau Menezes, terça
Caminho errado
Cena insólita ocorrida na última sexta-feira, por volta das 22h, no centro da Lagoa da Conceição, e que revela o absoluto despreparo do atendimento de emergência da Polícia Militar para agir em caso de urgência.
No momento em que reunia um grupo de amigos em seu apartamento, leitor da coluna recebeu a visita inesperada de dois homens armados, que o renderam, juntamente com o amigo, mantendo-os isolados no quarto, e três garotas reféns na sala. Os ladrões levaram tudo que encontraram. Um dos garotos, do quarto onde estava trancafiado, acionou o celular para o número 190, da Polícia Militar, e falando com a voz baixa para não ser denunciado pedindo socorro - enquanto os larápios faziam a limpeza na sala ao lado, sob os olhares desesperados das garotas -, foi olimpicamente ignorado.
Do outro lado da linha, ao invés de imediatamente enviar a viatura para o local do assalto, o policial que o atendeu ao telefone teve o desplante de suspeitar.
- Isso é um trote?
Enquanto o policial-telefonista discutia com o jovem se devia ou não atender o pedido de socorro, os ladrões evadiram-se sem deixar rastros. O que realmente choca no episódio não é a brutalidade dos larápios, e sim a absoluta ineficiência da PM. O acúmulo e a exposição diária a tanta selvageria e incivilidade vão criando, no espírito dos ilhéus, uma verdadeira cultura da violência. Ao cidadão que paga seus impostos resta, mais uma vez, protestar com veemência às sempre lentas autoridades para agirem com determinação.

segunda-feira, junho 13, 2005

Perdi quase tudo o que me pertencia. Resta-me o medo de perder o que nunca tive.

sábado, junho 11, 2005

Só tu e você consigo

O som do mundo
toca no azul
um rouco veludo
te chama pro sul
quem não te viu
que te acha assim
buraco vazio
ou batom tardio
ou leito de rio
do lago sem fim
As caras se viram
pro ferro que cala
que cala o que viram
no tapete da sala

E você continua
na merda, na rua
num ritmo lento
soprando pro vento
que foge da lua

Você acorda na cama
vê a corda afinal
que te prende na lama
que pro fundo te chama
te mata de mal
Tu logo levantas
tu vês as feridas
Você e as formigas
que não eram tantas
A ponte que cai
a cerca que tomba
morta pela bomba
que matou seu pai
a estrada não vira
sem curva no fim
cem pontos no rim
pois alguém não vira
o carro que vinha
que foi e que tinha
mil mortes assim

E você continua
na merda, na rua
num ritmo lento
soprando pro vento
que foge da lua

A sombra do sangue
no acostamento
o sopro de cheiro
de podre do mangue
avisa aos passantes
que ali, pouco antes
Acidente de aço
rasgou rim e baço
do fim de alguém
que não vira na hora
e o cemitério decora
para todo o sempre
a partir de agora
Você com seu tu
pelado, rasgado
molhado e nu
Tu sabes que juros
são pagos seguros
mas comem o arroz
de quem lá não pôs
buracos nos furos

E você continua
na merda, na rua
num ritmo lento
soprando pro vento
que foge da lua
e foges de ti
de si pra consigo
dó lá no que ri
mi faz ré castigo
rói tranças no sol
ou danças no pó
todos desistem
permaneces só
nenhum resta
nem uma dó
pra passar desta
pra uma melhor

E você continua
na merda, na rua
soprando pro vento
do acostamento
da calçada nua.
Tu corres do céu,
o sangue réu
da carne crua.
E na merda, na rua,
você ergue o rosto
de raiva e desgosto,
mas você continua.
Consigo, na sua.

sexta-feira, junho 10, 2005

Há um ano e uma semana e um dia... (obs: escrito em internetês)

Dois dias em Istambul.
Cheguei na cidade as 4 da manha. Tudo escuro, chovendo pra caramba. Desci do onibus, naum quis pegar taxi, naum tinha pra onde ir, nem dava pra comecar a passear com aquela chva, um cara veio me oferecer um cigarro, naum quis, comecei a andar, ou melhor, fui tentando fugir dele, que ia me seguindo por todas as ruas. Entrei em uns dois cafes, que estavam fechando, para ver se ele ia proutro lado; ficava parado na porta me esperando.
No terceiro barzinho, onde tb já tavam contando dinheiro, pedi um chá. Dessa vez o cara desistiu. Falei que era brasileiro, eles falaram: "ronaldo!, Roberto Carlos, Carnaval". Naum falavam nada de ingles. Conseguimos nos comunicar só com palavras isoladas, ficamos amigos; eles ainda me deram mais dois copos de chá e um pao turco tipico (Simit), antes de se oferecerem para me acompanhar até Sultanahmed, o bairro turistico que era meu destino - e era longe, bem longe.
Voltei pro bar deles de onibus no mesmo dia, de noite, pois era em Taksim, o bairro da vida noturna de Istambul, e comi Kebap, um negocio turco cheio de pimenta, e, dessa vez, paguei. Na volta, eles arranjaram um amigo para me levar de carro até Sultanahmed (eu queria ir andando), pois diziam com seriedade, fazendo gestos como se segurassem as carteiras nos bolsos: "Ali Baba, Ali Baba!"
Nesse meio tempo, isto é, durante o dia, andei um monte, fui na Mesquita Hagia Sofia (nada de especial, e ainda era caríssima); fui no Grand Bazaar (um camelódromo gigante, nao tao especial, a menos que vc queira comprar jóias ou tapetes, aí sim, gasta-se um dia inteiro lá dentro); no Spice Bazar, onde tem os doces turcos, bem ruizinhos; fumei Narguilé, isso sim bem turco; entrei em umas 4 ou 5 mesquitas diferentes, que é o que há de mais interessante de se fazer em Istambul. Numa das vezes, ouvi os gritos dos megafones na rua e entrei para ver uma reza deles, fui lá na frente como se fosse islamico (é assim que se fala?), e fiquei imitando o que eles faziam, se curvavam, se ajoelhavam, colocavam a testa no chao, se levantavam, e novamente comecavam o mesmo ciclo - comigo junto, no meio da multidao.
Dormi no albergue de estudantes, vazio, só tinha dois mexicanos que naum conheciam o Marcelo. Os caras desse albergue sao sacanas. No dia seguinte, eu tava desesperado procurando um onibus pro aeroporto, e eles tinham um por 20€, e diziam que era o unico jeito de chegar lá.
Explico, eu tava crente que, conforme haviam me explicado numa das casas de informacoes turisticas, era soh pegar um bonde e um trem. Mas isso era pro outro aeroporto, o meu ficava do outro lado, e só descobri isso de noite (meu voo era de madrugada). Numa outra agencia de turismo queriam 60€! De taxi eram 80€! Fui andando até a Taksim (subi, no caminho, uma favela turca, altas tensao, devia ser ali onde os meus amigos turcos naum queriam que eu andasse, na noite anterior) na esperanca de achar o onibus que me trouxe do aeroporto, e achei, e eram só 4€. Ainda dei mais uma passeada pelo bairro e comi meu ultimo donner (q na alemanha é melhor).
Comi uns 5 Donners em 2 dias. Tb comi cerejas, que comprei na feira, cerejas de verdade, enormes, com caroco, escuras, deliciosas. Naum fui em um banho turco, pois já havia ido em Budapest (os hungaros tb tem essa tradicao, e durante mto tempo, foram invadidos pelos turcos).
Nesse segundo dia fui no Palacio Topikapi, tb caríssimo. O mais interessante era um museu sagrado em que tavam expostos, assim como uma das portas da Kaaba: fios de cabelo de Maome, cartas de maome, espada de maome, pó do caixao de maome, marcas de pegadas de maome, pó da restauracao do caixao de maome.
Nos dois dias fui num restaurante pra ver a apresentacao dos Dervixes, mas tava mto frio e naum teve.
Os turcos sao os paraguaios que naum falam espanhol e tem o nariz puxado pra baixo. Nem todos sao muito simpáticos, eu diria que só quem tá no comercio o é. E nem todos do comercio. E tb naum negociam tanto como falam por aí.
Nunca gastei tanto numa viagem, nem vou fazer as contas, mas, literalmente, foram milhoes.
(foi uma piada, mas realmente gastei muito pra entrar nesse palacio, na hagia sofia, em comidas, comi pra caramba, em trocas de moeda naum taum vantajosas, etc)
Fiquei altos tempao numa praca, ao entardecer, conversando com um mendigo que veio sentar ao meu lado, q falava alemao e ingles. Ele era muito gente boa. Naum sei se queria me passar a perna, se tava me enrolando, mas contou uma historia toda triste que naum sabia como voltar pra cidade dele, que um cara o roubara, que tava durmindo na rua desde entao. Eu falei que sentia muito, que era uma pena. Naum dei nem um centavo.
Esqueci lá, na Marta, o fio da maquina fotografica, naum dá pra mandar as fotos ainda. Alias, esqueci a maquina num banco dum lugar em Istambul, já tava la fora quando tateei o bolso e lembrei de voltar.
(...) na que um dos meus amigos me levou, só havia mulheres-naum-totalmente-aceitas-pela-comunidade. Nas ruas, a maioria usava burca.
Vcs viram? Saiu o adversário do Sao Paulo na final do Mundial interclubes em Toquio: o Porto.
Continuando no assunto, o nome mais lembrado pelos hungaros era o do Alex. Parece que ele vai jogar no Fenerbahce.
Minha amigdalite tá melhorando, to tomando um monte de cha.
Eu ia fazer uma surpresa e ligar a cobrar de Istambul pra vcs, mas naum existe "a cobrar" na Turquia. Eu teria de comprar um cartao. Mas perderia a graca ter de atender o telefone as 3 da manha e naum ouvir aquela musiquinha introdutória, naum? Sem suspense nenhum...

quinta-feira, junho 09, 2005

Tá, pelo que entendi, se a taxa de desemprego está mais alta que sua taxa natural, a variação da inflação será negativa, ou melhor, a taxa de inflação natural cairá, não necessáriamente abaixo de zero. Portando o contrário também é válido: se o desemprego está baixo, menos exército de reserva disponível, menos medo terão os trabalhadores de perder seu emprego, mais alto exigirão seus salários, o que obriga as empresas a aumentarem seu markup, diminuirem suas despesas ou incorporarem o aumento no preço final dos produtos. Qualquer que seja a alternativa escolhida, os preços aumentarão, o que causa inflação. Com a alta dos preços, empregados necessitam de mais dinheiro para se sustentar, aumentam-se os salários na mesma espiral inflacionária e ocorrem demissões, o que eleva a taxa de desemprego deslocando-a novamente para sua taxa natural. Se a variação da inflação no ano t-1 é negativa, a taxa de desemprego estava maior que o natural, logo, no ano t, o desemprego cairá. É mais ou menos isso, não?
"O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente." - de Nãoseiquemdisse
Ou seja, deve-se escolher entre inflação baixa e desemprego alto ou o oposto, de acordo com as necessidades e possibilidades de cada governo, não se pode crescer pois gera inflação seguida de recessão no longo prazo; muito menos não crescer, pois a recessão acontece agora. Quanto mais cresce a economia, mais crescem as grandes incorporações, mais dinheiro se concentra, menos ricos ficam os pobres; se o contrário ocorre, porém, a concentração de renda se acelera, diminui-se o consumo o que gera recessão que traz a necessidade de crescimento econômico que santa madre de jerusalém onde fica a saída?

quarta-feira, junho 08, 2005

Quatro Filmes e uma Série

Team America: um filme podre e chato que vale a pena pelas sequências de cenas de guerra entre fantoches, e a de sexo também, a mais exótica de todos os tempos.

Der Untergang: Hitler falava um alemão tão, como dizer, "fofo"? Não entendi bulhufas, mas o filme é ótimo, principalmente quando acaba, quando percebe-se que os personagens do filme morreram há pouco, e que eram reais.

The Punisher: vale pela cena em que um simpático russo gigante destrói o herói e seu apartamento e o apartamento vizinho as escadas e todo o resto.

Herói: O filme. Só não supera a luta no bambuzal de O tigre e o Dragão.

Lost: Uma série que tenta ser diferente e tem um médico bonzinho que se apaixona pela mocinha que tem uns affairs com o mau-elemento não pode ser levada à sério. Além de possuir um negro simpático, um gordo rejeitado e bonzinho, um drogado problemático, um casal oriental, entre outros representantes. Série feita sob medida para todas as "tribos" se identificarem e proporcionarem audiência. Até aí nada de mais, tudo bem, é disso que vive a televisão. O problema é que à partir daí, nada de mais também. Só aqueles misteriozinhos nunca solucionados passados de capítulo para capítulo, e que só se resolverão na próxima temporada, ou talvez daqui a dois anos.... ou mais.
Pior que novela. Aliás, Laços de Família, atualmente em reprise, tem diálogos mais tensos.

terça-feira, junho 07, 2005

Ouçam

O peso do corpo é a leveza da alma,
O resto do mundo é a sobra que acalma.

O que passou, morreu, mas ainda vive,
O sorriso de sal foi o melhor que tive.

O outro lado nos traz de volta de novo,
Ou quando espelhos só espelham o povo,
Ou quando a morte já nasce dentro do ovo.

Outros caminhos cansam demais,
Outrora levavam do açúcar os sais.

sábado, junho 04, 2005

Gente há que vive presa e tem gente que morre solta, mas também há os que da morte se soltam pra se prender correndo à vida; quem corre não lembra o nome da rua da outra esquina e tromba no quebra-molas do centro da avenida. Logo, só esquece o que pouco sobra do resíduo do que faltou, quem muito à noite chora e se recorda do que está por vir: ser preso no meio fio é melhor que morrer no asfalto; tem gente que prefere o mar ao som do canto das pedras, prefiro não olhar o que obstrui o odor das flores, que soltas no meio da rua, em meio à morte, prendem o suco do ar em um suspiro irrelevante.
Comi três fatias de presunto e um copo de suco de uva, hoje, no café-da-manhã. E um dedo de nutella. E um pouco de arroz.
Ok, o arroz é mentira, não sei fazer arroz. Só a rua.