quinta-feira, julho 28, 2005

Three Continents, no happy end

Stancy had cold fingers, freezy cold indeed - like those which take the hot away from the sun light. And Stancy was alone at home typing in a quite old keyboard with her grandmother who had moved to the distant China. However Asia was rather a good place to live, they wore little hats to sleep, as she said, in order to hide their brains from nightmares; they could also not sleep if they did not want to - that was scientifically prooved: because of their quite shutted eyes asians never died from imnsonia. His grandmother, now called Xing-Ling, used to tell her a lot of adventures with warm breads and cookies that made her anxious also to travel abroad and get there as soon as possible.

Stancy lived in Jackstill Town, very far from California, near New York - and I really don´t know why I´ve mentioned California, maybe because I was born there, or I think so -; she was annoyed because she was supposed to be happy with all those cheeseburgers and Hollywood movies, with those pretty clever hip hop guys from downtown. Although she just wanted her grandmothers cookies, though they weren´t as warm as a hot dog in the famous Staples Center, neither so noise - if we can say noise about a cookie, no, about hot dogs.

I don´t know where Stancy is right now, I hope she has acomplished her dream, lest she is still there behind her keyboard, behind that eletric curtain of the real world. Nothing could disturb more the humanity than this ominous weekend that I found our photos from Paris, in a Winter trip, when besides the river she was showing me how cold were her nose, her fingers, her neck... Nevertheless, I knew her eyes were her coldest bodypart and her soul... God, her soul still freezes me. She certainly does not remember me as I do not forget her, and I swear, my world was quite warm till minutes ago...

domingo, julho 24, 2005

"Droll thing life is - that mysterious arrangement of merciless logic for a futile purpose. The most you can hope from it is some knowledge of yourself - that comes too late - a crop os unextinguishable regrets." Heart of Darkness, Joseph Conrad

sexta-feira, julho 22, 2005

Desgaste
O sol ainda não morreu, falta-me pouco para alcançar o zenite, para dormir ao lado do canto escuro da lua. Corro; não para algum lugar, nem de lugar nenhum. Corro porque todos correm e porque o sol ainda não morreu. Ouço dizeres e frases prontas e rio, pois caio ao tropeçar numa estrela. Ausência de forças para me levantar. Continuo. Continuo nadando, por meio da lama que dos olhos dos outros jorra, por entre os galhos que me prendem no ninho. Nado porque falta-me ar, porque ainda me sobram gotas de esperança e porque o sol ainda não se extinguiu. Sempre adiante, esqueço de olhar para trás, para os que ficaram no caminho, para os que também tropeçaram; aqueles que não ajudei, aqueles que me pediram ajuda e que não assisti. E minha consciência está limpa, assim como limpas as pétalas de uma rosa ficam depois de uma tempestade de areia; estou tranquilo contudo, pois inexistem consciências tão asseadas quanto o esterco, e não há uma sem pó. O tempo desliza em trilhos livres de pedágios, o tempo tem a via preferencial na avenida da vida. Estou sem ar pois corro sozinho a pior das corridas, a mesma que não corre quem pouco anda; a mesma dolorosa fadiga de não ter o que se deseja corre ao meu lado. Logo, não estou mais sozinho, é pior que isso, estou em má companhia, mas falta-me pouco para alcançar o zenite, para dormir ao lado do canto escuro da lua; e o sol, o sol ainda não morreu!

quinta-feira, julho 21, 2005

Escondeu-se por entre as gotas da chuva e ligou o ventilador. Ninguém mais o viu.

quarta-feira, julho 20, 2005

Em um bar, dois homens conversavam; duas mulheres conversavam olhando de soslaio para eles; dois outros homens olhavam para elas, mas eram encarados pelos primeiros dois homens, que conversavam entre si. E bebiam guaraná. Todos bebiam guaraná. Um deles fumava, não me lembro qual, nem se era um dos que conversavam ou dos que conversavam entre si encarando os que conversavam. Bom, como bem manda a etiqueta do acasalamento, houve uma briga entre as duas duplas de homens que conversavam entre si e que tomavam guaraná; as duas mulheres continuaram apenas espiando com o canto dos olhos tudo aquilo, deram algumas risadas, saíram e foram procurar outro bar; aquele estava com o chão muito melecado de refrigerante.

terça-feira, julho 19, 2005

CD 2

1
"However, I´m talking too much. That´s why I do nothing; and because I do nothing, I talk too much." Dostoiévski
2
"Os melhores estômagos não são aqueles que rejeitam todos os alimentos." Platão
3
Se a vida fosse lógica, um prato vazio não pesaria tanto na mesa do faminto.
4
Rime o que você quiser
com aquilo que desejar
se, certo, não der
é só depois amassar.
5
"A verdadeira maturidade é alcançar a seriedade de uma criança brincando" Kieerkegaard
6
Ele preferia a beleza incerta do indefinido que a realidade insólita do indubitável.
7
Quando penso, penso apenas em você. E vivo pensando que deixei de viver.
8
"A superficialidade da mulher nada mais é do que a profundeza dos seus sentimentos." (?)
9
Quem quiser ser como sou
Vai lutar pra conseguir
Porque de onde estou
Eu luto para não sair.
10
Penso, mudo; mudo falo, digo nada; mudo calo.
11
Granja do Torto:
A bola rola, tola bola
nem sabe por que se embola
do nada atola e nem dá bola
pro pé cansado que já não amola.
12
Com cinco paus se faz uma canoa? Pergunto isso ao rei.
E o rei me responde que de barco nada sei,
que eu volte pra poesia, que só de lá descubrirei.
13
O orvalho nas folhas do pomar
a beleza nasce no amanhecer
mesmo que de noite haja luar
devemos dormir pra depois viver
O desconforto de um acordar
não anula um bom sonhar
esse sim, meu maior prazer.
14
Venho pela rua, onde se deu o acontecido,
com uma lembrança tua, que havia esquecido,
Não paro para juntar, meu coração que jaz partido,
não noto então no ar, um cheiro apodrecido.
Aí convoco o olhar, a permanecer comigo erguido
e rumo direto ao mar, já não me lembro do ocorrido.

15 Faixa bônus
Como rimo, como não?
Como limo, como pão.
Toco o sino, beijo o chão.
Naquela pedra tropecei.

segunda-feira, julho 18, 2005

Ciúmes
Teve um acesso possessiva
Daqueles de dar nó em macarrão
Pena, pois antes morta do que viva
Acessaria a porta do meu coração

Discussão
Um ponto restrito
no vão da cobrança
não traz que atrito
na ponta da lança

Reconciliação
Eu venho são como monge
aos teus pés te pedir perdão
errando de muito longe
vim buscar teu coração

Errei no procedimento
no passado não mais presente
perdi um futuro bento
beijand´outr´alma carente

Entretando todos acertam
tu mesmo, tu nunca erraste,
só não sabes que muito apertam
os olhares que me desviaste

Venho aqui recorrer
repor e reconciliar
ofereço além do que tem meu ser
além do que poderei pagar

Uma dívida então te ofereço
inadimplente do coração
faça juros à qualquer preço
juro que pago
mês sim, mês não

Sinto merecer esse voto
essa prova de humildade
veja!, trago-te uma foto
daquela nossa felicidade

Agora, sem argumentos,
espero uma resposta tua
soprando aos quatro ventos
iluminando a sombra da lua...

Eu vim, são como monge
suspirando o sol do verão
vim sonhando de muito longe
não ouvir outro seco: não...

Chego aqui sem outra mesonge
da manteiga buscar o pão
Diga sim, diga que queres
não há mais outras mulheres
quero reconciliação
sou teu escravo, sou o que quiseres,
tu és minha escravidão.

sexta-feira, julho 15, 2005

SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE
Der Beste Brasilianisch Mannschaft je

Era muito difícil evitar. Quando você olha para trás e se vê seguro com a precisão de Lugano e Fabão ali, tendo como sombra Rogério Ceni, o goleiro mais completo e decisivo do mundo; olha a esquerda e vê o pentacampeão Júnior; vê na direita alguém tão competente quanto Cicinho; no meio os incansáveis Josué e Mineiro, sempre chegando na bola, limpo; quando você olha pra frente e se dá conta de que pode lançar para um Amoroso, ou cruzar para um matador como Luizão, e que ainda pode tentar o gol de longe como repetiu algumas vezes Danilo na competição, e ainda tem reservas de luxo como Souza, decisivo contra o River, quando o São Paulo mais precisou, e Diego Tardelli; quando se observa aquelas camisas brancas dentro da área, com aquelas históricas listras, uma vermelha, outra preta, uniforme único no mundo, sem existir sequer parecido; quando aquele símbolo ofusca a visão, quando setenta mil pessoas entoam juntas os mesmos versos de apoio engasgados há mais de uma década... Não, era muito difícil evitar.

Para que o mundo saiba, SPFC: The best brazilian soccer team ever!!!

quarta-feira, julho 13, 2005

1 Preto, vermelho e branco. Amarelo, não
À partir de hoje, ou meu time se consolida como o melhor time brasileiro de todos os tempos, ou valida a fama de náufrago amarelão mesmo.

2 De costas à praia
A brisa desfoca
o mar que se acanha
perdido na toca
uma figura estranha
rebate a preguiça
domingo de sol
de afazeres do rol
vai faltar a missa.

Permanece de noite no dia
no pó da solidão
pensando à quem gritaria
pedindo perdão
rezando sem cor
na luz da escuridão.

As ondas já se foram
os sons mudos ficam
lágrimas se coram
e se solidificam.

terça-feira, julho 12, 2005

"Tudo que é natural é abominável"

Alors, ô ma beauté! dites à la vermine
Qui vous mangera de baisers,
Que j´ai gardé la forme et l´essence divine
De mes amours décomposés!

Para Baudelaire, como para Pascal, a natureza estaria corrompida pela própria natureza: "L´homme, c´est-à-dire chachun, est si naturellement dépravé qu´il souffre moins de l´abaissement universel que de l´établissement d´une hiérarchie raisonnable.
"(...) la nature n´enseigne rien, ou presque rien, c´est-à-dire qu´elle contraint l´homme à dormir, à boire, à manger, et à se garantir, tant bien que mal, contre les hostilités de l´atmosphère. C´est elle aussi qui pousse l´homme à tuer son semblable, à le manger, à le sequestrer, à le torturer.
"(...) crime, dont l´animal humain a puisé le goût dans le ventre de sa mère, est originalement naturel."
Ele conclui afinal que a virtude, "au contraire, est artificielle" e que o mal "se fait sans effort, naturellement, par fatalité", ao passo que o bem "est toujours le produit d´un art".
C.B., Le Fleurs du Mal, Tradução Ivan Junqueira, ed. Nova Fronteira, 3 edição.

segunda-feira, julho 11, 2005


Kim e Ron ficam juntos no fim de "Kim Possible", o que não acontece com Kevin e Winnie em "The Wonder Years"; MacGyver se aposenta para passar mais tempo com o filho; Seinfeld é condenado a um ano de prisão por "não fazer nada"; Mulder e Scully supostamente explodem a caverna de alienígenas; e Rachel e Ross se juntam novamente; enquanto isso todos comemoravam a morte de Beavis e Butthead, mas eles reaparecem no final para estragar a festa. Ah, o professor Xavier morre no fim de X-Men (Magneto fica bonzinho), e, nem no último episódio, o Pink e o Cérebro desistem de tentar dominar o mundo...

quarta-feira, julho 06, 2005

Suor
Se lençois desfilam qual lâminas de sonhos
sedentos nos frascos do adormecer
e tecidos cedem ao calor
se encaixam sobrepostas sensações
os opostos e os indiferentes justapostos
no breu do lago da ausência de luz
no legado de lenços anônimos,
óh infiéis!
cedo, ou antes ainda,
solitárias ânsias vos perseguirão
como sanguessugas sem sabor.

terça-feira, julho 05, 2005

Início para um conto, ou fim de um romance.
É quando um sonho se torna realidade que se deve prestar mais atenção aos pesadelos.
O pesadelo presente na vida de Tom, entretanto, era agora a menor de suas agonias. Seu maior temor era o de perder o sonho que há pouco conquistara. O sonho pelo qual esperara dois séculos (não literalmente, exagera-se, mas dá quase isso).
Helena passava também por situação semelhante; Helena, porém, nunca fez parte dessa história.
O frio é fogo, pensava Tom, como se pensasse no inverno que se aproximava. E o inverno chegou, e veio a primavera mesmo crua, e com ela um verão imaturo...
- É fogo! Que frio! Disse ele para quem quer que quisesse ouvir, mas, como estava só, coube ao seu cachorro a função. Sim, precedido por um metálico outono, chegava novamente a mais fria das quatro estações.
- Os estações, pois no plural, quando há elemento masculino (o inverno, o outono...), generaliza-se, viu? Insistia ele para seu cachorro, que de tão obediente consentia tudo com olhos de poço. Há algo de real na solidão inventada.
O sonho, aquele do início, foi enforcado pela corda do inesperado e ainda jaz suspenso sobre as folhas inócuas do último outono.
O pesadelo, por si só, procriou o desgosto nas árvores da esperança inalcançável. E as frutas caem.
...
Hoje, Tom saiu para comprar ração para seu cachorro, o único que ainda não entende que Tom não voltará.

sábado, julho 02, 2005

TE DEUM: No início era o verbo :MUDE TE

Disputaste, furaste, entraste; nasceste; venceste. Respiraste, olhaste, viste, cheiraste, choraste; alegraste, ouviste, espantaste-te, berraste, comeste, bebeste, dormiste, acordaste; cresceste, correste, pulaste, riste, brincaste, caíste, levantaste; vieste, perguntaste, procuraste, descobriste, desvendaste, discordaste, debateste, amaduresceste; concordaste. Criste, rejeitaste, pecaste, aceitaste. Gostaste, coraste, temeste, enfrentaste, tocaste, acariciaste, beijaste, adoraste, apaixonaste-te, disseste, declaraste-te, namoraste, amaste; transaste, fingiste, procriaste, criaste, trabalhaste, ensinaste, aprendeste, cuidaste, brigaste, perdoaste, reconciliaste, casaste, divorciaste-te, escolheste, dançaste, cantaste, viveste, sobreviveste; compraste, tiveste, vendeste; pensaste, votaste, esqueceste-te; repensaste, recasaste-te; envelheceste; enrugaste; decaíste. Desaceleraste. Adoeceste. Filosofaste. Despediste-te... Silenciaste... Deixaste. Morreste. Foste.
És, mas esqueceram-te.

sexta-feira, julho 01, 2005

Acabaram-se as aulas, as provas, o dever do relógio. Parece que vou precisar atualizar isso aqui direito, ahm... não, não. Estou de férias.