terça-feira, janeiro 30, 2007

Simples Momento

Quando vejo nos teus olhos
os olhos de quem me viu
des-me-lembro do futuro
que o passado nos pariu

Quando ouço de ouvido
os sons que nunca são
um sonoro alarido
silencia meu colchão

Quando vejo o que soa
e invejo sem pressão
descomplico numa boa
a mais dura equação

Quando vejo nos teus olhos
os olhos que nunca vi
desmereço tua ida
e me esqueço que parti
...
Os silêncios que me dizem
ser um dever eu me calar
quando vejo nos teus olhos
a mudez do teu olhar...

Quando olho no teu cheiro
quando o cheiro sente frio
vejo o copo meio-cheio
sinto o copo meio-vazio

terça-feira, janeiro 16, 2007

Do baú



1
Podes dizer-me que me ama
pode dizer-me que me quer
podes ludibriar-me na cama
e tentar ser minha mulher
o mar hoje nos proclama
o que proclamar ele quiser
sorrindo diz-me que te amo
afirma ainda mais um ano
ser você quem eu puder...



2
Translúcido pacto aparente
parecia ler a nossa mente
no redemoinho de raízes
no ninho do que me dizes
concordamos frequentemente.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Trabalho em demasia altera sonhos
Fantasia
Desdobram-se pétalas de coitos sobre pensamentos vagos
Vagas desordenadas equilibram-se ante costões de virgens
Imaginação virente sob lindes desfocados