domingo, abril 29, 2007

Extratos do memorial de um assassino em série.

12, out
A caneta que voou acertou a jugular da professora bem no momento que tentava escrever o último x da báskara. Ainda, até hoje, tenho dúvidas quanto a essa fórmula.

15, out
Tentei forçar seu pulso para os lados, de modo que pudesse retirar o relógio mais facilmente. Entretanto, parece-me que a cartilagem fica rígida como osso assim que a vítima "se vai". Foi mesmo complicado. Da próxima vez, lutarei para que continue viva mais alguns minutos. Errar é humano, persistir no erro é burrice.

16, out
Ontem escrevi sobre minha nova estratégia em roubar relógios e pulseiras. Hoje, como já passa das duas, vou dar um pulo lá na sauna. Não que eu só vá à sauna depois das duas.

20, nov
Gosto muito da periculosidade das caranguejeiras. Fingem ser perigosas por serem inofensivas. Aprendo com elas e ajo ao contrário. Às vezes passo da conta. Não foi tão correto ajudar a velhina a atravessar a rua no farol verde. De acordo com as leis de trânsito, o farol verde indica ser a vez dos carros...

05, dez
O natal se aproxima. Dia de se reunir com a família, sentir o quanto somos próximos, tios, primos, avós. É certo que fico um pouco solitário nessa data, já matei todos.