Soneto da Depressão
Reminescências de um futuro fútil
transgredindo presentes esparsos
justificando qualquer passado útil
na linha do tempo dou meus passos
Fábrica de medos minh´alma é
temores perdoáveis e insones são
Pior que a fábrica é o dono do pé
que calça minhas carnes em vão
Dócil e contagioso é aquele
que vem ao mundo pra servir.
O suor que embalsa minha pele
Não veio à Terra para sorrir.
Musgos, pratas e catarro,
dissolvam o que antes era barro!
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